terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Zilda Arnns

è bastante válido reporduzir artigo de Frei Betto acerca da benemérita e cidadã do mundo, Zilda Arnns, abatida em pleno trabalho para diminuir a pobreza. Ei-lo:


Zilda Arns, a mãe do Brasil

PODE-SE REPETIR que ninguém é insubstituível, mas a dra. Zilda Arns, vítima do terremoto que arruinou o Haiti, era, sim, uma pessoa imprescindível.

Nela mostrava-se imperceptível a distância entre intenções e ações. Formada em medicina e movida por profundo espírito evangélico-era irmã do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo-, fundou a Pastoral da Criança, alarmada com o alto índice de mortalidade infantil no Brasil.

Em iniciativas de voluntariado podem-se mapear dois tipos de pessoas: as que, primeiro, agem, põem o bloco na rua e depois buscam os recursos, e as que se enredam no cipoal das fontes financiadoras e jamais passam da utopia à topia.

Zilda Arns arregaçou as mangas e, inspirada na pedagogia de Paulo Freire, encontrou, primeiro, recursos humanos capazes de mobilizar milhares de pessoas em prol da drástica redução da mortalidade infantil: mães e pais das crianças de 0 a seis anos atendidas pela pastoral transformados em agentes multiplicadores.

Ela, sim, fez o milagre da multiplicação dos pães, ou seja, da vida. Aonde chega a Pastoral da Criança, o índice de mortalidade infantil cai, no primeiro ano, no mínimo 20%.

Seu método de atenção às gestantes pobres e às crianças desnutridas tornou-se paradigma mundial, adotado hoje em vários países da América Latina e da África. Por essa razão, ela estava no Haiti, onde pagou com a morte sua dedicação em salvar vidas.
Trabalhamos juntos no Fome Zero.

No lançamento do programa, em 2003, ela discordou de exigir dos beneficiários comprovantes de gastos em alimentos, de modo a garantir que o dinheiro não se destinasse a outras compras. Oded Grajew e eu a apoiamos: ressaltamos que apresentar comprovantes não era relevante, valia como forma de verificar resultados. Haveria que confiar na palavra dos beneficiários.

Em março de 2004, no momento em que o governo trocava o Fome Zero pelo Bolsa Família, ela me convocou a Curitiba, sede da Pastoral da Criança. Em reunião com José Tubino, da FAO, e dom Aloysio Penna, arcebispo de Botucatu (SP), que representava a CNBB, debatemos as mudanças na área social do governo. Expus as tensões internas na área social, sobretudo a decisão de acabar com os comitês gestores, pelos quais a sociedade civil atuava na gestão pública.

Zilda Arns temia que o Bolsa Família priorizasse a mera transferência de renda, submetendo-se à orientação que propõe tratar a pobreza com políticas compensatórias, sem tocar nas estruturas que promovem e asseguram a desigualdade social.
Acreditava que as políticas sociais do governo só teriam êxito consolidado se combinassem políticas de transferência de renda e mudanças estruturantes, ações emergenciais e educativas, como qualificação profissional.

Dias após a reunião, ela publicou, neste espaço da Folha, o artigo "Fôlego para o Fome Zero", no qual frisava que a política social "não deve estar sujeita à política econômica. É hora de mudar esse paradigma. É a política econômica que deve estar sujeita ao combate à fome e à miséria".

E alertava: "Erradicar os comitês gestores seria um grave erro, por destruir uma capilaridade popular que fortalece o empoderamento da sociedade civil; (...) por reforçar o poder de prefeitos e vereadores que nem sempre primam pela ética e pela lisura no trato com os recursos públicos. O governo não deve temer a parceria da sociedade civil, representada pelos comitês gestores".

O apelo da mãe da Pastoral da Criança não foi ouvido. Os comitês gestores foram erradicados e, assim, a participação da sociedade civil nas políticas sociais do governo. Apesar de tudo, o ministro Patrus Ananias logrou aprimorar o Bolsa Família e o índice de redução da miséria absoluta no país, conforme dados recentes do Ipea. Falta encontrar a porta de saída aos beneficiários, de modo a produzirem a própria renda.

Zilda Arns nos deixa, de herança, o exemplo de que é possível mudar o perfil de uma sociedade com ações comunitárias, voluntárias, da sociedade civil, ainda que o poder público e a iniciativa privada permaneçam indiferentes ou adotem simulacros de responsabilidade social.

Se milhares de jovens e adultos brasileiros sobreviveram às condições de pobreza em que nasceram, devem isso em especial à dra. Zilda Arns, que merece, sem exagero, o titulo perene de mãe da pátria.

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CARLOS ALBERTO LIBÂNIO CHRISTO, o Frei Betto, 65, frade dominicano, é assessor de movimentos sociais e escritor, autor de "A Mosca Azul - Reflexão sobre o Poder" (Rocco), entre outros livros. Foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004).

Postado por Glasdton de Oliveira Bezerra

Dia especial

O dia 18 de dezembro(ontem) se apresenta para mim como muito especial. Ontem fez 23 anos de minha aprovação no vestibular de direito, enquanto Maria Clara(sobrinha) completava seu primeiro ano de existência. São sentimenos que se eternizarão em minha mente.

Extremismo II

Zé Agripino deverá fazer uma campanha de tal forma a não desagradar eleitores de Vima e de Garibaldi. Elementar.

Extremismo

Devido ao extremismo politico existente entre Vilma e Garibaldi e por consequência entre seus eleitores, algo me diz que o senador José Agripino será o mais beneficiado na questão do segundo voto.

Concordo II

Concordo plenamente com nosso amigo e insolúvel Mané Bola quando afirma que é uma chatice aquele trio elétrico rondando a cidade e um pequeno público correndo atrás e já bastante fadigado, o que torna a festa momesca no período da noite esvaziada. Acho que aquele rito convencional de se ficar estacionado num determinado lugar e tirando o pé do chão torna o evento mais atrativo e ainda entrelaça mais os foliões.

Concordo

Concordo inteiramente com o radialista Antônio Bezerra acerca de suas deferências dobre o blog Upanema news, de autoria do professor Silva Júnior. Silva em seu conceituado blog agrega qualidades várias, como a inteligência da análise, a perspicácia na busca da notícia, a crítica construtiva, a imparcialidade e a concessão do princípio do contraditório, este elementar num sistema de comunicação democrático, além de uma verdadeira revolução em seu formato. São essas qualidades que o colocam como um dos blogs mais lidos em nossa região. Avante amigo!

Estranho II

È evidente que quando se usa bem a atividade politica o reconhecimento será bem vindo. Todo politico deseja ser reconhecido pelo seu trabalho. Não vamos usar de sentimentos mesquinhos para ofuscar o trabalho de nossos representantes. Que coisa!

Estranho

È estranho que algumas pessoas reclamem da letargia de nossos representantes, na medida em que quando eles se mobilizam, essas mesmas pessoas reputam-nos de oportunistas.

Momento valioso

Talvez Upanema hoje testemunhe a maior arregimentação de politicos do Estado jamais vista. Momento extraordinário para que pressionemos nossos representantes a tomarem medidas efetivamente concretas que nos levem à concretização de nosso maior sonho, qual seja, a tão sonhada construção de nossa BR.